SEJA COMPREENSIVO | ||||||||||||||||||||||||||
Não esqueça de usar a bondade em circunstância nenhuma da sua vida. Vença a violência, antes que ela o deixe vencido. Sorria ante o ofensor e esqueça-lhe a ofensa. Revidar mal por mal, a pretexto de ser verdadeiro, é aprimorar a maldade que predomina na sua natureza, fazendo-o mais infeliz. Recorra à oração e confie no tempo, quando as coisas se apresentarem diferentes do que você espera. Infeliz, realmente, é todo aquele que acredite ser hoje o tempo único, buscando resolver agora, o que só mais tarde será solucionado naturalmente. Não duvide da Justiça Divina, apenas porque não a consegue entender, na precipitação dos seus raciocínios apaixonados. Você não é o único que tem problemas no mundo. O maior problema da atualidade é o homem em si mesmo, e somente quando este se volte para os valores mais altos da vida se equacionará. Não transfira, portanto, para os outros, a responsabilidade do que lhe sucede de errado ou desagradável. Você é filho de Deus e, como afirmou Jesus, nenhuma das criaturas que o Pai Lhe confiou Ele deixaria perder-se. Acalme-se e avance com a luz da consciência tranquila sem intentar fazer da sua claridade uma chama pronta a arder em volta, provocando devastação. | ||||||||||||||||||||||||||
pelo Espírito Marco Prisco - Do livro: Luz Viva, Médium: Divaldo Franco. |
A SEMENTE DA PAZ E DA ESPERANÇA
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Nesse instante em que pedíamos com fervor, vi que um foco de luz atravessava a pesada atmosfera, banhando aquelas frontes imersas no martírio. Nenhuma delas percebeu aquele clarão; somemte em alguns notei a eflorescência de uma estranha ansiedade, que representava ligeiro alívio ao mesmo tempo...
Escutei, em seguida, o meu guia dizer: - “Vamos, filha! A nossa prece foi ouvida. Se os sofredores não conseguiram receber seus benefícios imediatamente, pelo estado de dor e de endurecimento em que se encontram, basta, para a nossa alegria, que algumas dessas almas vagamente tenham sentido o sagrado influxo dos nossos apelos; porque hoje, nesses corações que experimentaram o anseio da felicidade e da perfeição, plantamos com as nossas rogativas sinceras os lírios perfumados da paz e da esperança”. |
pelo Espírito Maria João de Deus - Do livro: Cartas de uma Morta, Médium: Francisco Cândido Xavier. |
DESAPEGO
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Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao consumismo, às paixões avassaladoras. Transitamos aturdidos por um mundo em que o destaque vai para aquele que mais tem. E a todo instante os comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam: Compre mais. Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas. É um mundo em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam os julgamentos. Mede-se a importância das pessoas pela qualidade de seus sapatos, roupas e bolsas. Dá-se mais atenção ao que possui a casa mais requintada ou situada nos bairros mais famosos e ricos. Carros bons somente os que têm mais acessórios e impressionam por serem belos, caros e novos. Sempre muito novos. Adolescentes não desejam repetir roupas e desprezam produtos que não sejam de grife. Mulheres compram todas as novidades em cosméticos. Homens se regozijam com os ternos caríssimos das vitrines. Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam nosso imaginário, que impregnam nossa vida, que consomem nossos recursos monetários. E como reagimos? Será que estamos fazendo algo – na prática – para combater esse estado de coisas? No entanto, está nos desejos a grande fonte de nossa tragédia humana. Se superarmos a vontade de ter coisas, já caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral. Experimente olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, joias, chocolates, bolsas, enfeites, perfumes. Por um momento apenas, não se deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos. E diga para si mesmo: Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz. Não dependo de nada disso para estar contente. Lembre-se: é por desejar tais coisas, sem poder tê-las, que muitos optam pelo crime. Apossam-se de coisas que não são suas, seduzidos pelo brilho passageiro das coisas materiais. Deixam para trás gente sofrendo, pessoas que trabalharam arduamente para economizar... Deixam atrás de si frustração, infelicidade, revolta. Mas, há também os que se fixam em pessoas. Veem os outros como algo a ser possuído, guardado, trancado, não compartilhado. Esses se escravizam aos parceiros, filhos, amigos e parentes. Exigem exclusividade, geram crises e conflitos. Manifestam, a toda hora, possessividade e insegurança. Extravasam egoísmo e não permitem ao outro se expressar ou ser amado por outras pessoas. É, mais uma vez, o desejo norteando a vida, reduzindo as pessoas a tiranos, enfeiando as almas. Há, por fim, os que se deixam apegar doentiamente às situações. Um cargo, um status, uma profissão, um relacionamento, um talento que traz destaque. É o suficiente para se deixarem arrastar pelo transitório. Esses amam o brilho, o aplauso ou o que consideram fama, poder, glória. Para eles, é difícil despedir-se desse momento em que deixam de ser pessoas comuns e passam a ser notados, comentados, invejados. Qual o segredo para libertar-se de tudo isso? A palavra é desapego. Mas... Como alcançá-lo neste mundo? Pela lembrança constante de que todas as coisas são passageiras nesta vida. Ou seja: para evitar o sofrimento, a receita é a superação dos desejos. Na prática, funciona assim: pense que as situações passam, os objetos quebram, as roupas e sapatos se gastam. Até mesmo as pessoas passam, pois elas viajam, se separam de nós, morrem... E devemos estar preparados para essas eventualidades. É a dinâmica da vida. Pensando dessa forma, aos poucos, a criatura promove uma autoeducação que a ensina a buscar sempre o melhor, mas sem gerar qualquer apego egoísta. Ou seja, amar sem exigir nada em troca. |
NO CULTO DE DEUS
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Ofertarás ao Senhor da Vida o ouro da beneficência, monumentalizando o ideal da solidariedade e o Céu te abençoará o trabalho com os preciosos recursos da gratidão e da simpatia. Ainda assim, prosseguirás buscando a própria felicidade. Doarás ao Senhor da Sabedoria, a flama da inteligência, consagrando ao estudo nobre o patrimônio de teus dias e o Céu Honrar-te-á o esforço, brindando-te com os louros da cultura. Mas não te deterás na caça da alegria. Endereçarás ao Senhor da Infinita Bondade a melodia de tua palavra primorosa e renovadora, estendendo entre as criaturas a fonte do entendimento, e o Céu te louvará o verbo iluminado com os tesouros da inspiração a te enriquecerem as horas. Mesmo assim, continuarás perseguindo a harmonia espiritual. Ofertarás ao Senhor do Universo o serviço honesto e digno, estimulando a arte e a indústria, a educação e o progresso, a benefício dos semelhantes e o Céu te responderá com a respeitabilidade e a experiência a coroarem-te o nome. No entanto, ainda aí, avançarás no encalço da ventura devida a ti mesmo. No entanto, quando entregarmos ao Senhor o próprio coração, para que a Sua Vontade Sábia nele resida, edificando o amor para todos os seres e para todas as cousas que nos cercam, não se limitará o Céu a abençoar-nos simplesmente, de vez que permaneceremos com Deus tanto quanto Deus permanece em nós, e seja onde for, na alegria ou no sofrimento, na atividade ou no descanso, a Luz da Felicidade e da Paz brilhará conosco para sempre. |
pelo Espírito Emmanuel, Do Livro: Reconforto, Médium: Francisco Cândido Xavier. |
A PSICOLOGIA DA ORAÇÃO
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Convencionou-se, ao longo do tempo, que a oração é um recurso emocional e psíquico para rogar e receber benefícios da Divindade, transformando-a em instrumento de ambição pessoal, realmente distante do seu alto significado psicológico. A oração é um precioso recurso que faculta a aquisição da autoconsciência, da reflexão, do exame dos valores emocionais e espirituais que dizem respeito à criatura humana. Tornando-se delicado campo de vibrações especiais, faculta a sintonia com as forças vivas do Universo, constitui veículo de excelente qualidade para a vinculação da criatura com o seu Criador. Todos os seres transitam vibratoriamente em faixas especiais que correspondem ao seu nível evolutivo, ao estágio intelecto-moral em que se encontram, às suas aspirações e aos seus atos, nos quais se alimentam e constroem a existência. A oração é o mecanismo sublime que permite a mudança de onda para campos mais sensíveis e elevados do Cosmo. Orar é ascender na escala vibratória da sinfonia cósmica. Em face desse mecanismo, torna-se indispensável que se compreenda o significado da prece, sua finalidade e a maneira mais eficaz pela qual se pode alcançar o objetivo desejado. Inicialmente, orar é abrir-se ao amor, ampliar o círculo de pensamentos e de emoções, liberando-se dos hábitos e vícios, a fim de criar-se novos campos de harmonia interior, de forma que todo o ser beneficie-se das energias hauridas durante o momento especial. A melhor maneira de alcançar esse parâmetro é racionalmente louvar a Divindade, considerando a grandeza da Criação, permitindo-se vibrar no seu conjunto, como seu filho, assimilando as incomparáveis concessões que constituem a existência. Considerar-se membro da família universal, tendo em vista a magnanimidade do Pai e Sua inefável misericórdia, enseja àquele que ora o bem-estar que propicia a captação das energias saudáveis da vida. Logo depois, ampliar o campo do raciocínio em torno dos próprios limites e necessidades imensas, predispondo-se a aceitar todas as ocorrências que dizem respeito ao seu processo evolutivo, mas rogando compaixão e ajuda, a fim de errar menos, acertar mais, e de maneira edificante, o passo com o bem. Nesse clima emocional, evitar a queixa doentia, a morbidez dos conflitos e exterioridades ante a magnitude das bênçãos que são hauridas, apresentando-se desnudado das aparências e circunlóquios da personalidade convencional. Não é necessário relacionar sofrimentos, nem explicitar anseios da mente e do coração, porque o Senhor conhece a todos os Seus filhos, que são autores dos próprios destinos e ocorrências, mediante o comportamento mantido nas multifárias experiências da evolução. Por fim, iluminado pelo conhecimento da própria pequenez ante a grandeza do Amor, externar o sentimento de gratidão, a submissão jubilosa às leis que mantêm o arquipélago de astros e a infinitude de vidas. Tudo ora no Cosmo, desde a sinfonia intérmina dos astros em sua órbita, mantendo a harmonia das galáxias, até os seres infinitesimais no mecanismo automático de reprodução, fazendo parte do conjunto e da ordem estabelecidos. Em toda parte vibra a vida nos aspectos mais complexos e simples, variados e uniformes. Sem qualquer esforço da consciência, circula o sangue por mais de 150 mil quilômetros de veias, vasos, artérias, em ritmo próprio para a manutenção do organismo humano tanto quanto de todos os animais. Funções outras mantidas pelo sistema nervoso autônomo obedecem a equilibrado ritmo que as preserva em atividade harmônica. As estações do tempo alternam-se facultando as variadas manifestações dos organismos vivos dentro de delicadas ondas de luz e de calor que lhes possibilitam a existência, a manifestação, o desabrochar, o adormecimento, a espera. O ser humano, enriquecido pela faculdade de pensar e dotado do livre-arbítrio, que lhe propicia escolher, atado às heranças do primarismo da escala animal ancestral pela qual transitou, experiencia mais as sensações do imediato do que as emoções da beleza, da harmonia, da paz, da saúde integral, Reconhece o valor incalculável do equilíbrio, no entanto, estigmatizado pela herança do prazer hedonista, entrega-se-lhe à exorbitância pela revolta nos transtornos de conduta, como forma de imposição grotesca. Ao descobrir a oração, logo se permite exaltar falsas ou reais necessidades, desejando respostas imediatas, soluções mágicas para atendê-las, distantes do esforço pessoal de crescimento e de reabilitação. É claro que aquele que assim procede não alcança as metas propostas, pois que elas ainda não podem apresentar-se por nele faltarem os requisitos básicos para o estabelecimento da harmonia interior. A oração é campo no qual se expande a consciência e o Espírito eleva-se aos páramos da luz imarcescível do amor inefável. Quem ora ilumina-se de dentro para fora, tornando-se uma onda de superior vibração em perfeita consonância com a ordem universal. O egoísmo, os sentimentos perversos não encontram lugar na partitura da oração. Torna-se necessário desfazer-se desses acordes perturbadores, para que haja sincronização do pensamento com as dúlcidas notas da musicalidade divina. A psicologia da oração é o vasto campo dos sentimentos que se engrandecem ao compasso das aspirações dignificadoras, que dão sentido e significado à existência na Terra. Inutilmente, gritará a alma em desespero, rogando soluções para os problemas que lhe compete equacionar, mesmo que atraindo os numes tutelares sempre compadecidos da pequenez humana. Desde que não ocorre sintonia entre o orante e a Fonte exuberante de vida, as respostas, mesmo quando oferecidas, não são captadas pelo transtorno da mente exacerbada. Quando desejares orar, acalma o coração e suas nascentes, assumindo uma atitude de humildade e de aceitação, a fim de que possas falar àquele que é o Pai de misericórdia, que sempre providencia todos os recursos necessários à aquisição humana da sua plenitude. Convidado a ensinar aos seus discípulos a melhor maneira de expressar a oração, Jesus foi taxativo e gentil, propondo a exaltação ao Pai em primeiro lugar, logo após as rogativas e a gratidão, dizendo: - Pai Nosso, que estais nos Céus... Entrega-te, pois, a Deus, e nada te faltará, pelo menos tudo aquilo que seja importante à conquista da harmonia mediante a aquisição da saúde integral. |
pelo Espírito Joanna de Ângelis, Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 29 de outubro de 2012, em Sydney, Austrália. |
NA ORDEM SOCIAL
Observa no próprio lar as forças diferentes que se congregam, nutrindo-te a segurança, para que te não furtes ao dever de servir:
O legislador, cujo pensamento garante a harmonia na via pública.
O engenheiro que te traçou o plano da moradia.
O pedreiro que levantou o edifício a que te acolhes.
O pintor que te alegrou o ambiente.
O operário que te trouxe a bênção das águas ao reduto doméstico.
O braço diligente que te garante combustível e força para que te não faltem calor e luz.
Pensa ainda nos missionários outros que te oferecem equilíbrio e tranquilidade:
O médico que te preserva a saúde.
O escritor que te renova às idéias.
O professor que te educa.
O irmão que te estende amizade e reconforto.
O lixeiro que te alivia.
O varredor que cultiva a higiene.
O lavrador que te assegura o alimento.
Não admitas que o dinheiro seja o único poder aquisitivo de semelhantes valores.
O ouro, só por si, num mundo de sedentos e esfomeados, não valeria a gota dágua, nem a migalha de pão.
Refletem na interdependência que nos rege todas as fases da vida e aprende a valorizar teus minutos na extensão do bem.
Auxiliar a todos com espontaneidade e carinho, é agradecer aos outros o auxílio com que nos seguem.
Fugir à crítica e à desaprovação, abraçando a solidariedade e o estímulo fraterno é compreender nossas próprias necessidades, de vez que não caminharemos sem o concurso alheio.
Entendamos a amplitude da colaboração anônima que recolhemos do próximo e, oferecendo ao próximo o melhor de nós mesmos, estaremos com Cristo, nosso Mestre e Senhor, que, no sacrifício supremo, nos ensinou a alcançar a suprema vitória.
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Nós, Médium: Francisco Cândido Xavier.
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